terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mais títulos de trabalhos que serão apresentados no III Simpósio de Psicanálise de Niterói

Novidades saindo do forno...

Mais títulos de trabalhos que serão apresentados no III Simpósio de Psicanálise de Niterói que prometem grandes discussões sobre a clínica na atualidade. Temas como diagnóstico diferencial, sintomas contemporâneos, entrevistas preliminares e o uso da internet não podiam ficar de fora!

Adriana Lipiani
Psicanalista, Mestre em Pesquisa e Clinica em Psicanálise pela UERJ, especialista em Psicanálise e Saúde Mental pela UERJ/CEPSAM, especialista em Assistência a Usuários de Álcool e Outras Drogas pela UFRJ/IPUB/PROJAD, formação pelo Instituto de Clínica Psicanalítica da EBP-Rio
"As neuroses contemporâneas e o diagnóstico diferencial em psicanálise"

Alexandre B. Balbi
Psicanalista, Pós-doutorando UFRJ/FAPERJ. Membro do cartel de toxicomania e alcoolismodo da EBP-Rio.
"Novos sintomas: um tratamento preliminar para o advento da análise?"
Julie Travassos Gallina
Psicanalista. Mestre em Psicanálise pela Universidade Veiga de Almeida. Participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano/Rio de Janeiro.
"A hermética psicanalítica"

Flavia Albuquerque
Psicanalista, especialista em Teorias e Técnicas da clínica psicanalítica pelas Faculdades Pestalozzi. Idealizadora do Simpósio de Psicanálise de Niterói
"Novo laço social através da internet e a psicanálise"

Aguarde as novidades! Em breve divulgaremos a programação e organização das mesas.


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

As novas formas de laço social via web será tema do trabalho apresentado pela psicanalista Flávia Albuquerque

A data do III Simpósio de Psicanálise se aproxima...
As vagas já estão se esgotando e a comissão organizadora vem trabalhando a todo vapor! Sem falar nos palestrantes, é claro, que têm nos enviado recortes de seus trabalhos expondo um pouquinho do que pretendem apresentar, mas acima de tudo, já nos provocam e nos fazem pensar nesses temas tão atuais...

A Flávia Albuquerque apresentará um trabalho sobre as novas formas de laço social criadas pelas redes sociais e o posicionamento do psicanalista diante disso.
Segue o que foi enviado por ela:


"Nos dias de hoje, redes sociais, sites, blogs, e outros predominam como laço social. Inúmeros anônimos, pessoas físicas e profissionais se utilizam destas ferramentas.


Com o psicanalista seria diferente?
Nunca apostei neste distanciamento. 

Sim, o psicanalista é também um cidadão. Mas é preciso se expôr tanto? Os intermináveis estudos com os pares, sobretudo sobre a transferência, nos evidenciam o quanto analisandos saberem demais da vida pessoal do psicanalista pode interferir de forma bastante perigosa no manejo da transferência e na condução do tratamento.

Para preservar a nossa história, há ferramentas de privacidade destes meios virtuais onde podemos escolher quem vê certas postagens. As pessoas do círculo de amizade de um psicanalista, podem e são bem vindos a ter notícias do nascimento de um sobrinho, das últimas conquistas, das viagens... mas há necessidade de abrir deliberadamente para todos? 

Outro ponto IMPORTANTÍSSIMO é fazer valer a ética para além do setting analítico. Oferta de alívio de angústia em nome da psicanálise via rede social? Uma espécie de "fala que eu te escuto"? 

Me faz lembrar que "A presença do analista" é uma expressão usada por Lacan em seu seminário, livro 11 (Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise) para colocar o psicanalista no campo de uma FUNÇÃO. Para além da presença física, lógico, mas não anulando por completo esta! Que seja frisado!! Uma função, uma presença simbólica garantindo e testemunhando a presentificação do inconsciente.


Rede social é uma ferramenta interessante. Também para a psicanálise. Mas como todo instrumento, é preciso usar com certos critérios." 




Flávia Albuquerque
21 9792-8326
Mariz e Barros, 176 sl. 803 – Icaraí
Visconde de Pirajá, 351 sl. 303 – Ipanema 
http://www.flaviaalbuquerque.com.br/
http://pontolacaniano.wordpress.com/

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Palestrantes confirmados no III Simpósio de Psicanálise de Niterói


III Simpósio de Psicanálise de Niterói promete debates incríveis!
Confira os palestrantes confirmados:



Fernanda Pimentel
Psicanalista, Mestre em Pesquisa e Clínica em Psicanálise pela UERJ, especialista em Psicanálise e Laço Social pela UFF. Integrante do LAPSICON -  Laboratório de Investigação das Psicopatologias Contemporâneas

Flavia Albuquerque

Psicanalista, especialista em Teorias e Técnicas da clínica psicanalítica pelas Faculdades Pestalozzi. Idealizadora do Simpósio de Psicanálise de Niterói

Felipe A. Garcia Grillo.
Psicanalista, especialista em Psicologia Clínica pela PUC-Rio, participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano/Rio de Janeiro.
Érico Lemos de Souza

Psicanalista, especializando em Psicanálise e Saúde Mental pela UERJ, residente em Saúde Mental pela Secretaria de Saúde do Município do Rio de Janeiro


Rosângela F M Santos

Psicanalista, especialista em Psicologia Clínica pela PUC-Rio, participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano/Rio de Janeiro.

Fernanda Samico
Psicanalista, Mestre Pesquisa e Clinica em Psicanalise pela UERJ, professora e supervisora pedagógica da pós-graduação em Teoria e Clínica Psicanalítica na Universidade Severino Sombra - Vassouras, RJ. Associada do Corpo Freudiano Escola de Psicanálise - RJ

Rodrigo Godoy
Psiquiatra, Psicanalista, membro titular da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Cláudia Henschel de Lima
Psicanalista, PhD em Psicologia Social e da Personalidade pela UFRJ. Professora Adjunta do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense - UFF. ICHS - Volta Redonda. Coordenadora do LAPSICON - Laboratório de Investigação das Psicopatologias Contemporâneas. Membro da AUPPF.

Adriana Lipiani
Psicanalista, Mestre em Pesquisa e Clinica em Psicanálise pela UERJ, especialista em Psicanálise e Saúde Mental pela UERJ/CEPSAM, especialista em Assistência a Usuários de Álcool e Outras Drogas pela UFRJ/IPUB/PROJAD, formação pelo Instituto de Clínica Psicanalítica da EBP-Rio


Alexandre B. Balbi

Psicanalista, Pós-doutorando UFRJ/FAPERJ. Membro do cartel de toxicomania e alcoolismodo da EBP-Rio.

Mariana Garcia Martins
Psicanalista. Especialista em Psicologia Clínica pela PUC-RJ. Membro participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano - RJ.

Julie Travassos Gallina 
Psicanalista. Mestre em Psicanálise pela Universidade Veiga de Almeida. Participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano/Rio de Janeiro.





Informações e inscrições:

simposiodepsicanalisedeniteroi@gmail.com

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Psicose e arte: reabertura do Complexo Cultural Museu Bispo do Rosário


O Complexo Cultural Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea ( http://www.museubispodorosario.com/ ) localizado dentro do espaço da antiga Colônia Juliano Moreira reabre com  as mostras coletivas Ressuscita-me e Sem Fronteira, com curadoria de Wilson Lazaro.
No dia 23 de março foram abertas as mostras coletivas Ressuscita-me e Sem Fronteira, com curadoria de Wilson Lazaro. Além das obras do Arthur Bispo do Rosário, também são expostos trabalhos inéditos de ex-internos da Casa de Saúde Dr. Eiras/Paracambi-RJ e artistas convidados como Heleno Bernardi, Carmen Calvo, Miroslaw Balka, entre outros.
- Na Galeria 1, a exposição coletiva “Sem Fronteiras” é composta de pinturas, fotografias, vídeos e instalações. As obras expostas transgridem o limite entre a loucura e sanidade, apresentando zonas de invisibilidade e preconceito. Nela é exibida a arte que rompe limites, que reorganiza paradigmas. Na serie apresentada por Javier Tellez, o próprio artista considera como um “passaporte cinematográfico para permitir que as pessoas de fora possam estar dentro”. A exposição ainda traz trabalhos dos artistas Anna Maria Maiolino, Cildo Meireles, Arthur Bispo do Rosário, Alexandre Navarro Moreira, Laila Demashqieh, Miroslaw Balka, Wagner Malta Tavares e Aurora dos Santos.
- “Ressuscita-me”, exibida nas Galerias 2 e 3, expõe pela primeira vez os trabalhos de pacientes que foram  internos da Casa de Saúde Dr. Eiras/Paracambi-RJ, uma instituição manicomial que sofreu um processo de intervenção do estado em 2000  e culminou com seu encerramento em 2012. A mostra, que evidencia a sensibilidade dos criadores, tem participação de artistas convidados: Heleno Bernardi, Graciela Sacco, Artur Barrio, Jhafis Quintero, Carmen Calvo e Arlindo Oliveira.

Para essas exposições, Wilson Lazaro selecionou obras que fazem parte do conceito do Complexo Cultural: um ambiente de transformação através do encontro com a arte, que possibilita a construção de novas ressignificações. “Um espaço que promove a ampliação do acesso à cultura e a valorização do desenvolvimento humano”, diz Wilson. E completa,  “queremos formular e gerir, através do diálogo com a sociedade, projetos culturais que enfrentem o desafio da democratização do acesso e da garantia da diversidade social e cultural”.

Sobre o Complexo Cultural Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea
Localizado no bairro da Taquara, na antiga Colônia Juliano Moreira, o Complexo Cultural Museu Bispo do Rosário começou a ser construído na década de 80 em homenagem ao grande artista Arthur Bispo do Rosário, que viveu 50 anos na Instituição. Lá ele confeccionou seu acervo de 806 obras. Dentro dele funcionam a Escola Livre de Artes/ ELA – e um Conjunto de Galerias, tudo vinculado ao Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira.

Sobre o Arthur Bispo do Rosário
Arthur Bispo do Rosário (1909-1989) viveu 50 anos em uma instituição psiquiátrica carioca de caráter manicomial, onde produzia as suas obras caracterizadas pelo colecionismo, catalogação e ordenação compulsiva de objetos dos mais variados. Estes eram, muitas vezes, revestidos com linhas de costuras azuis obtidas de seu próprio uniforme de interno. Também utilizava suportes diversos e palavras, como os nomes próprios ou outras de cunho ficcional impreciso.
Apesar de não ter passado por qualquer educação formal, seus trabalhos aproximavam-se de movimentos como: Dadaísmo, Surrealismo, Artes Contemporânea, Conceitual, Concreta e Neoconcreta. Em 1995, seu trabalho foi apresentado na 46ª Bienal de Veneza, o primeiro importante evento que o levaria ao reconhecimento internacional. Hoje, Bispo figura na galeria dos mais importantes artistas contemporâneos do país e possui 804 obras catalogadas.

Serviço:
Visitação 25 março a 14 setembro 2013
Segunda–feira a sábado, das 10h às 17h
Entrada franca | Estacionamento gratuito
Complexo Cultural Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea 
Estrada Rodrigues Caldas, 3400 – Edifício Sede

Taquara – Jacarepaguá


A Psicanálise é inútil?

O post começa bombástico: "Psicanálise é inútil". Eu, que já sou chegado a discutir sobre a utilidade, eficácia, terapêutica etc da psicanálise, fui ler de curioso. Apesar de curto, depois de uma árdua leitura e tradução, percebo aos trancos e barrancos que o autor está se referindo à primeira entrevista; eu diria ainda, o primeiro encontro.Não se trata de uma crítica à entrevista preliminar, mas a uma entrevista preliminar que não leva em consideração o real. Lembro agora de Antônio Quinet em “As 4+1 condições de análise”, onde: EP = A, implicando que EP # A. Segundo ele, o que iguala entrevista preliminar à análise é a associação livre e o que distingue, a necessidade de um diagnóstico estrutural. Quinet à parte, gostei da radicalidade de Petros ao afirmar que não devemos ser eunucos, ou seja, analista pacíficos, bons samaritanos. Devemos, sim, é “transar no primeiro encontro”. Que tal a provocação?!

Segue a tradução livre:


PSICANÁLISE É INÚTIL.

E o seu vazio persistirá, humanamente, como o bom Samaritano, que é bom-para-nada para a Causa, enquanto existirem analistas que ofereçam “uma sessão preliminar”. Isto divulga a impotência da prática, já que a Causa orienta-se para o real – o ato psicanalítico é uma “transa no primeiro encontro”, não um De f-ato como praticado por certos demagogos do processo, como se se soubesse, como se por procurar as causas ou por explicar o porquê leva tempo, ou por somente falar, ou por revelar diferentes sentidos, que são maldosas promessas dentro das páginas de um elaborado manual, ainda distante da ética analítica: isto é o que preocupa – é sobre um bom sentido. O f-ato de existir necessidade de uma sessão preliminar, declara que a psicanálise falha em ser um ingrediente genuíno do discurso social, uma moção de orientação, mas que tem conseguido fazer parte de um discurso terapêutico – é por isso que é inútil. Em vista disso, muito analista tem suas frases prontas para o primeiro encontro, intelectuarizaram suas respostas e expectativas, como profetas pós f-ato, as mesmas perguntas monótonas nas mãos, aquelas perguntas que revelam a eles mesmos na primeira entrevista preliminar, que é de graça porque é inútil; um flerte de primeira categoria e respostas bem informadas, calma e uma voz compassiva: grande coisa, certamente, quando se é um Eunuco. E sobre o Real – a pergunta que não ocorre: é por isso que eles não trepam no primeiro encontro.

fonte: 
http://petrospatounas.com/psychoanalysis-is-useless/


Felipe Grillo 



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Romances...


"O que significa dizer que nós, neuróticos comuns, organizamos mentalmente nossas histórias de vida como se fossem romances? Antes de mais nada, que não suportamos o caos, a errância, a passagem do tempo nos conduzindo onde não podemos prever e nos modificando de maneiras que não conseguimos controlar. Mas significa também que pertencemos a um tipo de sociedade em que o tempo de fato modifica as pessoas, uma sociedade que permite e até promove que o rumo tomado por uma vida se distancie tanto de sua origem que, se não produzirmos algum fio narrativo ligando começo, meio e fim, algumas representações que nos sustentam subjetivamente perderão completamente o sentido. A ideia de que somos “indivíduos”, por exemplo, coesos e reconhecíveis ao longo do tempo; a ideia de que a vida que vivemos constitui uma unidade coerente e dotada de sentido e não uma sucessão de dias transcorridos a esmo." 
(Maria Rita Kehl)