segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Programação



Programação

8:30 – 8:45 – Credenciamento

8:45 – 9:00 – Mesa de abertura

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­9:00 – 10:30 – Mesa 1
Felipe A. Garcia Grillo.
Psicanalista, especialista em Psicologia Clínica pela PUC-Rio, participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano/Rio de Janeiro.
A ARRUMAÇÃO DE ANDRÉ - UM BREVE ENSAIO SOBRE A ATUALIDADE DA NEUROSE OBSESSIVA

Alexandre B. Balbi
Psicanalista, Pós-doutorando UFRJ/FAPERJ. Membro do cartel de toxicomania e alcoolismo da EBP-Rio.
NOVOS SINTOMAS: UM TRATAMENTO PRELIMINAR PARA O ADVENTO DA ANÁLISE?

Rosângela F M Santos
Psicanalista, especialista em Psicologia Clínica pela PUC-Rio, participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano/Rio de Janeiro.
DEVASTAÇÃO

10:30 – 12:00 – Mesa 2
Cláudia Henschel de Lima
Psicanalista, PhD em Psicologia Social e da Personalidade pela UFRJ. Professora Adjunta do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense - UFF. ICHS - Volta Redonda. Coordenadora do LAPSICON - Laboratório de Investigação das Psicopatologias Contemporâneas. Membro da AUPPF.
RECURSO À DROGA E DESINSERÇÃO SUBJETIVA

Adriana Lipiani
Psicanalista, Mestre em Pesquisa e Clinica em Psicanálise pela UERJ, especialista em Psicanálise e Saúde Mental pela UERJ/CEPSAM, especialista em Assistência a Usuários de Álcool e Outras Drogas pela UFRJ/IPUB/PROJAD, formação pelo Instituto de Clínica Psicanalítica da EBP-Rio
AS NEUROSES CONTEMPORÂNEAS E O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL EM PSICANÁLISE

Fernanda Pimentel
Psicanalista, Mestre em Pesquisa e Clínica em Psicanálise pela UERJ, especialista em Psicanálise e Laço Social pela UFF. Integrante do LAPSICON -  Laboratório de Investigação das Psicopatologias Contemporâneas
SINTOMAS CONTEMPORÂNEOS E OS EFEITOS NO CORPO – ANOREXIA E AS NOVAS AMARRAÇÕES DA HISTERIA NA CONTEMPORANEIDADE.


______________________12:00 – 14:00 – Almoço______________________

14:00 – 15:30 – Mesa 3
Érico Lemos de Souza
Psicanalista, especializando em Psicanálise e Saúde Mental pela UERJ, residente em Saúde Mental pela Secretaria de Saúde do Município do Rio de Janeiro
O DESEJO DO ANALISTA OPERANDO A MÁQUINA DA REFORMA

Mariana Garcia Martins
Psicanalista. Especialista em Psicologia Clínica pela PUC-RJ. Membro participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano - RJ.
O MAL-ESTAR, AINDA.

Julie Travassos Gallina
Psicanalista. Mestre em Psicanálise pela Universidade Veiga de Almeida. Participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano/Rio de Janeiro.
A HERMÉTICA EM PSICANÁLISE

___________________15:30 – 16:00 – Coffee Break____________________


16:00 – 17:30 – Mesa 4
Rodrigo Godoy
Psiquiatra, Psicanalista, membro titular da Associação Brasileira de Psiquiatria.
A TRANSFERÊNCIA E SUAS VICISSITUDES NO CONTEMPORÂNEO

Flavia Albuquerque
Psicanalista, especialista em Teorias e Técnicas da Clínica Psicanalítica pelas Faculdades Pestalozzi. Idealizadora do Simpósio de Psicanálise de Niterói
QUAL A POSIÇÃO POSSÍVEL DO PSICANALISTA NAS REDES SOCIAIS?

Fernanda Samico
Psicanalista, Mestre Pesquisa e Clinica em Psicanálise pela UERJ, professora e supervisora pedagógica da pós-graduação em Teoria e Clínica Psicanalítica na Universidade Severino Sombra - Vassouras, RJ. Associada do Corpo Freudiano Escola de Psicanálise – RJ
“PSICANÁLISE É QUESTÃO DE ESTILO”: A FORMAÇÃO DOS ANALISTAS NOS NOSSOS TEMPOS

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Mais trabalhos!

Mais títulos de trabalhos que serão apresentados do III Simpósio de Psicanálise de Niterói: A Psicanálise, ainda? Clínica e contemporaneidade.
Aguarde a programação em breve!


Fernanda Pimentel
Psicanalista, Mestre em Pesquisa e Clínica em Psicanálise pela UERJ, especialista em Psicanálise e Laço Social pela UFF. Integrante do LAPSICON -  Laboratório de Investigação das Psicopatologias Contemporâneas - UFF - Cnpq.
SINTOMAS CONTEMPORÂNEOS E OS EFEITOS NO CORPO – NOVAS AMARRAÇÕES DA HISTERIA NA CONTEMPORANEIDADE.

Érico Lemos de Souza
Psicanalista, especializando em Psicanálise e Saúde Mental pela UERJ, residente em Saúde Mental pela Secretaria de Saúde do Município do Rio de Janeiro
O DESEJO DO ANALISTA OPERANDO A MÁQUINA DA REFORMA 

Fernanda Samico
Psicanalista, Mestre Pesquisa e Clinica em Psicanalise pela UERJ, professora e supervisora pedagógica da pós-graduação em Teoria e Clínica Psicanalítica na Universidade Severino Sombra - Vassouras, RJ. Associada do Corpo Freudiano Escola de Psicanálise – RJ
“PSICANÁLISE É QUESTÃO DE ESTILO": A FORMAÇÃO DOS ANALISTAS NOS NOSSOS TEMPOS

Rodrigo Godoy
Psiquiatra, Psicanalista, membro titular da Associação Brasileira de Psiquiatria.
A TRANSFERÊNCIA E SUAS VICISSITUDES NO CONTEMPORÂNEO

Cláudia Henschel de Lima
Psicanalista, PhD em Psicologia Social e da Personalidade pela UFRJ. Professora Adjunta do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense - UFF. ICHS - Volta Redonda. Coordenadora do LAPSICON - Laboratório de Investigação das Psicopatologias Contemporâneas. Membro da AUPPF.
RECURSO À DROGA E DESINSERÇÃO SUBJETIVA

Adriana Lipiani
Psicanalista, Mestre em Pesquisa e Clinica em Psicanálise pela UERJ, especialista em Psicanálise e Saúde Mental pela UERJ/CEPSAM, especialista em Assistência a Usuários de Álcool e Outras Drogas pela UFRJ/IPUB/PROJAD, formação pelo Instituto de Clínica Psicanalítica da EBP-Rio
AS NEUROSES CONTEMPORÂNEAS E O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL EM PSICANÁLISE

Alexandre B. Balbi
Psicanalista, Pós-doutorando UFRJ/FAPERJ. Membro do cartel de toxicomania e alcoolismodo da EBP-Rio.

NOVOS SINTOMAS: UM TRATAMENTO PRELIMINAR PARA O ADVENTO DA ANÁLISE?



                                   Faltam 11 dias !



quinta-feira, 12 de setembro de 2013

inscrições encerradas! Auditório LOTADO !



E faltando quase 3 semanas para o III Simpósio de Psicanálise de Niterói, as inscrições são encerradas com o auditório lotado! Isso mesmo!


Auditório lotado!

A comissão organizadora: Fernanda Pimentel, Felipe Grillo, Érico Lemos, Flávia Albuquerque e Rosangela Santos, agradecem a todos os participantes e palestrantes que se envolveram nesse projeto!






terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mais títulos de trabalhos que serão apresentados no III Simpósio de Psicanálise de Niterói

Novidades saindo do forno...

Mais títulos de trabalhos que serão apresentados no III Simpósio de Psicanálise de Niterói que prometem grandes discussões sobre a clínica na atualidade. Temas como diagnóstico diferencial, sintomas contemporâneos, entrevistas preliminares e o uso da internet não podiam ficar de fora!

Adriana Lipiani
Psicanalista, Mestre em Pesquisa e Clinica em Psicanálise pela UERJ, especialista em Psicanálise e Saúde Mental pela UERJ/CEPSAM, especialista em Assistência a Usuários de Álcool e Outras Drogas pela UFRJ/IPUB/PROJAD, formação pelo Instituto de Clínica Psicanalítica da EBP-Rio
"As neuroses contemporâneas e o diagnóstico diferencial em psicanálise"

Alexandre B. Balbi
Psicanalista, Pós-doutorando UFRJ/FAPERJ. Membro do cartel de toxicomania e alcoolismodo da EBP-Rio.
"Novos sintomas: um tratamento preliminar para o advento da análise?"
Julie Travassos Gallina
Psicanalista. Mestre em Psicanálise pela Universidade Veiga de Almeida. Participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano/Rio de Janeiro.
"A hermética psicanalítica"

Flavia Albuquerque
Psicanalista, especialista em Teorias e Técnicas da clínica psicanalítica pelas Faculdades Pestalozzi. Idealizadora do Simpósio de Psicanálise de Niterói
"Novo laço social através da internet e a psicanálise"

Aguarde as novidades! Em breve divulgaremos a programação e organização das mesas.


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

As novas formas de laço social via web será tema do trabalho apresentado pela psicanalista Flávia Albuquerque

A data do III Simpósio de Psicanálise se aproxima...
As vagas já estão se esgotando e a comissão organizadora vem trabalhando a todo vapor! Sem falar nos palestrantes, é claro, que têm nos enviado recortes de seus trabalhos expondo um pouquinho do que pretendem apresentar, mas acima de tudo, já nos provocam e nos fazem pensar nesses temas tão atuais...

A Flávia Albuquerque apresentará um trabalho sobre as novas formas de laço social criadas pelas redes sociais e o posicionamento do psicanalista diante disso.
Segue o que foi enviado por ela:


"Nos dias de hoje, redes sociais, sites, blogs, e outros predominam como laço social. Inúmeros anônimos, pessoas físicas e profissionais se utilizam destas ferramentas.


Com o psicanalista seria diferente?
Nunca apostei neste distanciamento. 

Sim, o psicanalista é também um cidadão. Mas é preciso se expôr tanto? Os intermináveis estudos com os pares, sobretudo sobre a transferência, nos evidenciam o quanto analisandos saberem demais da vida pessoal do psicanalista pode interferir de forma bastante perigosa no manejo da transferência e na condução do tratamento.

Para preservar a nossa história, há ferramentas de privacidade destes meios virtuais onde podemos escolher quem vê certas postagens. As pessoas do círculo de amizade de um psicanalista, podem e são bem vindos a ter notícias do nascimento de um sobrinho, das últimas conquistas, das viagens... mas há necessidade de abrir deliberadamente para todos? 

Outro ponto IMPORTANTÍSSIMO é fazer valer a ética para além do setting analítico. Oferta de alívio de angústia em nome da psicanálise via rede social? Uma espécie de "fala que eu te escuto"? 

Me faz lembrar que "A presença do analista" é uma expressão usada por Lacan em seu seminário, livro 11 (Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise) para colocar o psicanalista no campo de uma FUNÇÃO. Para além da presença física, lógico, mas não anulando por completo esta! Que seja frisado!! Uma função, uma presença simbólica garantindo e testemunhando a presentificação do inconsciente.


Rede social é uma ferramenta interessante. Também para a psicanálise. Mas como todo instrumento, é preciso usar com certos critérios." 




Flávia Albuquerque
21 9792-8326
Mariz e Barros, 176 sl. 803 – Icaraí
Visconde de Pirajá, 351 sl. 303 – Ipanema 
http://www.flaviaalbuquerque.com.br/
http://pontolacaniano.wordpress.com/

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Palestrantes confirmados no III Simpósio de Psicanálise de Niterói


III Simpósio de Psicanálise de Niterói promete debates incríveis!
Confira os palestrantes confirmados:



Fernanda Pimentel
Psicanalista, Mestre em Pesquisa e Clínica em Psicanálise pela UERJ, especialista em Psicanálise e Laço Social pela UFF. Integrante do LAPSICON -  Laboratório de Investigação das Psicopatologias Contemporâneas

Flavia Albuquerque

Psicanalista, especialista em Teorias e Técnicas da clínica psicanalítica pelas Faculdades Pestalozzi. Idealizadora do Simpósio de Psicanálise de Niterói

Felipe A. Garcia Grillo.
Psicanalista, especialista em Psicologia Clínica pela PUC-Rio, participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano/Rio de Janeiro.
Érico Lemos de Souza

Psicanalista, especializando em Psicanálise e Saúde Mental pela UERJ, residente em Saúde Mental pela Secretaria de Saúde do Município do Rio de Janeiro


Rosângela F M Santos

Psicanalista, especialista em Psicologia Clínica pela PUC-Rio, participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano/Rio de Janeiro.

Fernanda Samico
Psicanalista, Mestre Pesquisa e Clinica em Psicanalise pela UERJ, professora e supervisora pedagógica da pós-graduação em Teoria e Clínica Psicanalítica na Universidade Severino Sombra - Vassouras, RJ. Associada do Corpo Freudiano Escola de Psicanálise - RJ

Rodrigo Godoy
Psiquiatra, Psicanalista, membro titular da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Cláudia Henschel de Lima
Psicanalista, PhD em Psicologia Social e da Personalidade pela UFRJ. Professora Adjunta do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense - UFF. ICHS - Volta Redonda. Coordenadora do LAPSICON - Laboratório de Investigação das Psicopatologias Contemporâneas. Membro da AUPPF.

Adriana Lipiani
Psicanalista, Mestre em Pesquisa e Clinica em Psicanálise pela UERJ, especialista em Psicanálise e Saúde Mental pela UERJ/CEPSAM, especialista em Assistência a Usuários de Álcool e Outras Drogas pela UFRJ/IPUB/PROJAD, formação pelo Instituto de Clínica Psicanalítica da EBP-Rio


Alexandre B. Balbi

Psicanalista, Pós-doutorando UFRJ/FAPERJ. Membro do cartel de toxicomania e alcoolismodo da EBP-Rio.

Mariana Garcia Martins
Psicanalista. Especialista em Psicologia Clínica pela PUC-RJ. Membro participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano - RJ.

Julie Travassos Gallina 
Psicanalista. Mestre em Psicanálise pela Universidade Veiga de Almeida. Participante de Formações Clínicas do Campo Lacaniano/Rio de Janeiro.





Informações e inscrições:

simposiodepsicanalisedeniteroi@gmail.com

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Psicose e arte: reabertura do Complexo Cultural Museu Bispo do Rosário


O Complexo Cultural Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea ( http://www.museubispodorosario.com/ ) localizado dentro do espaço da antiga Colônia Juliano Moreira reabre com  as mostras coletivas Ressuscita-me e Sem Fronteira, com curadoria de Wilson Lazaro.
No dia 23 de março foram abertas as mostras coletivas Ressuscita-me e Sem Fronteira, com curadoria de Wilson Lazaro. Além das obras do Arthur Bispo do Rosário, também são expostos trabalhos inéditos de ex-internos da Casa de Saúde Dr. Eiras/Paracambi-RJ e artistas convidados como Heleno Bernardi, Carmen Calvo, Miroslaw Balka, entre outros.
- Na Galeria 1, a exposição coletiva “Sem Fronteiras” é composta de pinturas, fotografias, vídeos e instalações. As obras expostas transgridem o limite entre a loucura e sanidade, apresentando zonas de invisibilidade e preconceito. Nela é exibida a arte que rompe limites, que reorganiza paradigmas. Na serie apresentada por Javier Tellez, o próprio artista considera como um “passaporte cinematográfico para permitir que as pessoas de fora possam estar dentro”. A exposição ainda traz trabalhos dos artistas Anna Maria Maiolino, Cildo Meireles, Arthur Bispo do Rosário, Alexandre Navarro Moreira, Laila Demashqieh, Miroslaw Balka, Wagner Malta Tavares e Aurora dos Santos.
- “Ressuscita-me”, exibida nas Galerias 2 e 3, expõe pela primeira vez os trabalhos de pacientes que foram  internos da Casa de Saúde Dr. Eiras/Paracambi-RJ, uma instituição manicomial que sofreu um processo de intervenção do estado em 2000  e culminou com seu encerramento em 2012. A mostra, que evidencia a sensibilidade dos criadores, tem participação de artistas convidados: Heleno Bernardi, Graciela Sacco, Artur Barrio, Jhafis Quintero, Carmen Calvo e Arlindo Oliveira.

Para essas exposições, Wilson Lazaro selecionou obras que fazem parte do conceito do Complexo Cultural: um ambiente de transformação através do encontro com a arte, que possibilita a construção de novas ressignificações. “Um espaço que promove a ampliação do acesso à cultura e a valorização do desenvolvimento humano”, diz Wilson. E completa,  “queremos formular e gerir, através do diálogo com a sociedade, projetos culturais que enfrentem o desafio da democratização do acesso e da garantia da diversidade social e cultural”.

Sobre o Complexo Cultural Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea
Localizado no bairro da Taquara, na antiga Colônia Juliano Moreira, o Complexo Cultural Museu Bispo do Rosário começou a ser construído na década de 80 em homenagem ao grande artista Arthur Bispo do Rosário, que viveu 50 anos na Instituição. Lá ele confeccionou seu acervo de 806 obras. Dentro dele funcionam a Escola Livre de Artes/ ELA – e um Conjunto de Galerias, tudo vinculado ao Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira.

Sobre o Arthur Bispo do Rosário
Arthur Bispo do Rosário (1909-1989) viveu 50 anos em uma instituição psiquiátrica carioca de caráter manicomial, onde produzia as suas obras caracterizadas pelo colecionismo, catalogação e ordenação compulsiva de objetos dos mais variados. Estes eram, muitas vezes, revestidos com linhas de costuras azuis obtidas de seu próprio uniforme de interno. Também utilizava suportes diversos e palavras, como os nomes próprios ou outras de cunho ficcional impreciso.
Apesar de não ter passado por qualquer educação formal, seus trabalhos aproximavam-se de movimentos como: Dadaísmo, Surrealismo, Artes Contemporânea, Conceitual, Concreta e Neoconcreta. Em 1995, seu trabalho foi apresentado na 46ª Bienal de Veneza, o primeiro importante evento que o levaria ao reconhecimento internacional. Hoje, Bispo figura na galeria dos mais importantes artistas contemporâneos do país e possui 804 obras catalogadas.

Serviço:
Visitação 25 março a 14 setembro 2013
Segunda–feira a sábado, das 10h às 17h
Entrada franca | Estacionamento gratuito
Complexo Cultural Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea 
Estrada Rodrigues Caldas, 3400 – Edifício Sede

Taquara – Jacarepaguá


A Psicanálise é inútil?

O post começa bombástico: "Psicanálise é inútil". Eu, que já sou chegado a discutir sobre a utilidade, eficácia, terapêutica etc da psicanálise, fui ler de curioso. Apesar de curto, depois de uma árdua leitura e tradução, percebo aos trancos e barrancos que o autor está se referindo à primeira entrevista; eu diria ainda, o primeiro encontro.Não se trata de uma crítica à entrevista preliminar, mas a uma entrevista preliminar que não leva em consideração o real. Lembro agora de Antônio Quinet em “As 4+1 condições de análise”, onde: EP = A, implicando que EP # A. Segundo ele, o que iguala entrevista preliminar à análise é a associação livre e o que distingue, a necessidade de um diagnóstico estrutural. Quinet à parte, gostei da radicalidade de Petros ao afirmar que não devemos ser eunucos, ou seja, analista pacíficos, bons samaritanos. Devemos, sim, é “transar no primeiro encontro”. Que tal a provocação?!

Segue a tradução livre:


PSICANÁLISE É INÚTIL.

E o seu vazio persistirá, humanamente, como o bom Samaritano, que é bom-para-nada para a Causa, enquanto existirem analistas que ofereçam “uma sessão preliminar”. Isto divulga a impotência da prática, já que a Causa orienta-se para o real – o ato psicanalítico é uma “transa no primeiro encontro”, não um De f-ato como praticado por certos demagogos do processo, como se se soubesse, como se por procurar as causas ou por explicar o porquê leva tempo, ou por somente falar, ou por revelar diferentes sentidos, que são maldosas promessas dentro das páginas de um elaborado manual, ainda distante da ética analítica: isto é o que preocupa – é sobre um bom sentido. O f-ato de existir necessidade de uma sessão preliminar, declara que a psicanálise falha em ser um ingrediente genuíno do discurso social, uma moção de orientação, mas que tem conseguido fazer parte de um discurso terapêutico – é por isso que é inútil. Em vista disso, muito analista tem suas frases prontas para o primeiro encontro, intelectuarizaram suas respostas e expectativas, como profetas pós f-ato, as mesmas perguntas monótonas nas mãos, aquelas perguntas que revelam a eles mesmos na primeira entrevista preliminar, que é de graça porque é inútil; um flerte de primeira categoria e respostas bem informadas, calma e uma voz compassiva: grande coisa, certamente, quando se é um Eunuco. E sobre o Real – a pergunta que não ocorre: é por isso que eles não trepam no primeiro encontro.

fonte: 
http://petrospatounas.com/psychoanalysis-is-useless/


Felipe Grillo 



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Romances...


"O que significa dizer que nós, neuróticos comuns, organizamos mentalmente nossas histórias de vida como se fossem romances? Antes de mais nada, que não suportamos o caos, a errância, a passagem do tempo nos conduzindo onde não podemos prever e nos modificando de maneiras que não conseguimos controlar. Mas significa também que pertencemos a um tipo de sociedade em que o tempo de fato modifica as pessoas, uma sociedade que permite e até promove que o rumo tomado por uma vida se distancie tanto de sua origem que, se não produzirmos algum fio narrativo ligando começo, meio e fim, algumas representações que nos sustentam subjetivamente perderão completamente o sentido. A ideia de que somos “indivíduos”, por exemplo, coesos e reconhecíveis ao longo do tempo; a ideia de que a vida que vivemos constitui uma unidade coerente e dotada de sentido e não uma sucessão de dias transcorridos a esmo." 
(Maria Rita Kehl)

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Sem limite

Texto de Jorge Forbes fala sobre a sociedade atual e a ausência de limites que foram deslocados pela evolução científica. 
Sem Limites
Um dia talvez, quando os historiadores se debruçarem sobre os últimos vinte anos do século vinte, notarão que uma das suas mais claras características foi o estabelecimento do “sem limite”. Sem limite de distância, com a revolução da Internet; sem limite da cura, com novos medicamentos, clonagens, partos fabricados; sem limite da segurança, com carros blindados e guardas armados; sem limite da beleza, com plásticas estéticas e dermatologia cosmética. E esses historiadores constatarão um paradoxo: ao contrário do que o “bom senso” poderia esperar, não acompanhou esse formidável progresso uma taxa equivalente de felicidade e de bem estar, ao contrário, o que se viu foi o crescimento dos quadros depressivos e das toxicofilias. Surpresa! O que aconteceu? Em um primeiro momento pensou-se que os novos métodos não traziam a almejada felicidade por estarem sendo sub-utilizados e, em conseqüência, tocou-se a multiplicá-los. Se um guarda é pouco, contratam-se dois, ou três, ao mesmo tempo que transforma-se sua casa em casamata, nada ficando esta a dever às celas de um presídio de segurança máxima. Conclusão: é a vítima em potencial, em seu afã de proteção, que acaba na cadeia, e, pior, por auto-aprisionamento.

Raciocínio semelhante pode ser empregado para os outros novos remédios tecnológicos. Tomemos a beleza. Descobriu-se que o “botox” tem propriedades paralisantes da pele que propiciam o desaparecimento das rugas, porta-vozes da velhice. O local onde é mais aplicado é na testa, fazendo-a ficar “lisinha” (sic), é o efeito pretendido. Ocorre que, ao ser aplicado no meio da testa, muda a expressão facial da pessoa, pois, as laterais estando livres, as sobrancelhas se arqueiam só nas pontas externas reconstituindo, em anima-nobili (o nome acadêmico da espécie humana), os mesmos traços das terríveis bruxas das histórias em quadrinhos. Belas, sem dúvida, mas bruxas. Aí, para retirar o efeito bruxa, só aplicando um pouquinho mais de “botox” nas laterais. Pronto, agora não é mais bruxa, é só uma “Barbie” aparvalhada, com cara de vazio. Finalmente, é o prêmio de consolação, basta aguardar alguns meses para o “botox” ser reabsorvido, voltando tudo à velha forma; no caso do “botox” ainda dá para remediar.

Onde está o limite? Deslocadas pelas evoluções científicas de seu terreno chamado “natural”, as pessoas sofrem hoje de uma verdadeira síndrome do “sem limite”. Será que a única solução é o limite da dor, como quando uma pessoa se vê encarcerada em sua própria casa (ainda está na memória de todos a história do banqueiro que morreu queimado em seu banheiro super-protegido), ou de quando seu rosto perdeu a vida? Ou, ainda, seria uma solução marcar o próprio corpo na tentativa de fixar um limite? Da auto-mutilação às tatuagens e aos piercings a fronteira é tênue.

O que esperamos é que a crítica esclarecida faça um trabalho de separação entre os formidáveis avanços científicos dessas últimas décadas e a ideologia a eles parasitária do tudo-pode, tudo-tem-jeito. Caberá a médicos e pacientes e, de uma forma mais ampla, a fornecedores e usuários, responsabilizar-se pelo estabelecimento de novos limites. Deverá se privilegiar aquilo que se quer e não o que se pode.

A época da globalização que estamos entrando exige de cada um o exercício de seu próprio limite, que hoje em dia vem menos da “natureza” que da própria escolha responsável. É aquilo que eu quero que me restringe e não o que o outro, o tempo, por exemplo, me impede de conseguir. Ah, mas não é nada fácil o exercício da expressão do querer. A pergunta: “Você quer o que você deseja?” é uma das mais difíceis de responder, tanto por mulheres, quanto por homens. Mas isso já é assunto para um próximo artigo, porque também aqui há limite.

terça-feira, 16 de julho de 2013


Novas nomeações na atualidade

As novas nomeações e seus efeitos nos corpos
Nieves Soria Dafunchio


A psicanálise ensina que eu, corpo e realidade são construções convergentes, impossíveis sem a mediação do simbólico. A pergunta que me surge, tendo em vista nosso próximo Encontro, é sobre os efeitos do declínio da nomeação paterna e da emergência de novas nomeações sobre os corpos

Se bem encontramos antecipações desde o começo do ensino de Lacan, é, sobretudo, no final do mesmo ensino que nomeação e enlaçamento se tornam conceitos indissolúveis, equivalentes. Lacan estabelece a nomeação edípica como um enlaçamento borromeano entre os três registros, por um quarto anel, de modo que nenhum registro fica diretamente implicado em relação a outro. Quando esse é o tipo de enlaçamento, o corpo é uma construção que se sustenta em uma função eminentemente simbólica que faz mediação entre o corpo imaginário e o corpo real.
Nessa mediação há lugar para o ato da palavra, coração da intervenção analítica, já que o gozo corporal está intimamente atravessado por uma ordem simbólica flexível, mesmo que não extensível.
As novas nomeações, ao contrário, tornam mais presentes as dimensões imaginária e real do corpo, colocando uma dificuldade para a intervenção analítica, a cuja modalidade clássica às vezes os novos sujeitos parecem impermeáveis.
Em um extremo encontramos o nomear para, um tipo de nomeação que nos anos setenta (em seu Seminário Les non dupes errent) Lacan assinalou como se sobrepondo cada vez mais à nomeação paterna. Trata-se de um tipo de nomeação para qual geralmente basta a mãe que designa um projeto para o filho, encerrando-o numa ordem de ferro. Lacan indicou que nesses casos o social toma a prevalência de nó. Seu correlato clínico são os corpos enrijecidos em uma nomeação que localiza o gozo sem flexibilidade e que dá lugar às tribos monossintomáticas próprias da época, nomeações anônimas que têm um efeito de ser, de enlaçamentos tais como: anorexias, bulimias, obesidades, adições, TOC, ataque de pânico, fobia social, etc.
Na prática com esses casos a pergunta que emerge é como introduzir um equívoco na rigidez da nomeação propiciando por sua vez uma trama simbólica mais ampla para que o sujeito possa realizar um novo enlaçamento prescindindo daquele da norma de ferro. Como conseguir com o corte e a retificação operar ao mesmo tempo introduzindo o equívoco e orientando uma nova trama.
No outro extremo encontramos nomeações lábeis, nomeações imaginárias que deslizam e se fazem presentes sob a modalidade de um gozo disperso, vazio, no centro da experiência analítica desses sujeitos. Sujeitos errantes para os quais não é possível encontrar nenhum efeito forte de ser, tampouco de desejo, sujeitos que declaram não saber o que querem nos distintos âmbitos de suas vidas. Trata-se de sujeitos que são, sucessiva ou simultaneamente, polissintomáticos, apresentando uma estrutura polimorfa, cujo correlato é um corpo que não cai em nenhum lugar.
Na prática com esses casos a pergunta que se pode colocar é como introduzir uma orientação que possibilite uma tessitura do simbólico que sustente o corpo e faça furo localizado, afastando-o da pura dispersão do real, como orientar o tratamento em uma função efetiva de nomeação.
Interessa-me a investigação dessas intervenções que, longe da ortodoxia clássica, mas muito próxima da precisão que possibilitam a lógica e a topologia, nos obrigam a cada vez reinventar o ato da palavra.

Fonte:
http://www.enapol.com/pt/template.php?file=Textos/Las-nuevas-nominaciones_Nieves-Soria-Dafunchio.html


III Simpósio de Psicanálise de Niterói
28 de setembro de 2013, sábado
Auditório do Edifício Central Park
Rua Otávio Carneiro, 143 - Icaraí - Niterói - RJ

Inscrições:simposiodepsicanalisedeniteroi@gmail.com

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Mostra Quentin Tarantino no CCBB

Existe coisa mais contemporânea que Tarantino?
Na semana que vem, vai chegar ao Rio a Mostra Quentin Tarantino, no CCBB. Serão exibidos todos os filmes do cineasta, incluindo suas participações como ator e produtor, totalizando 19 títulos. 
E outra boa notícia é que o Cinepasse sai por R$6 ou 3 (meia) e vale pra TODOS os filmes da mostra! 

De 17 a 29 de Julho

*O CCBB agora não abre às TERÇAS
R$ 6 e R$ 3 (meia) – Você só paga uma vez para ir a todas as sessões!*
*CINEPASSE : Válido por 30 dias, para acesso às mostras de cinema, por meio de senhas. As senhas deverão ser retiradas 1 hora antes decada sessão (eu nunca tive problemas pra retirar mais perto da sessão começar, desde que hajam lugares livres, claro).




Programação Completa

17 de julho – quarta-feira
14h30 – Amor à Queima-Roupa (1993), 120 min, DVD, 16 anos
17h – Cães de Aluguel (1992), 99 min, 35mm, 18 anos
19h - Tarantino’s Mind (2006), 15 min, DVD, 14 anos + Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994), 154 min, 35mm, 18 anos

18 de julho – quinta-feira
15h30 – Assassinos por Natureza (1994), 118 min, 35mm, 18 anos
18h – O Albergue (2005), 100 min, DVD, 18 anos
20h – O Albergue 2 (2007), 93 min, DVD, 18 anos

19 de julho – sexta-feira
14h – Dance me to the End of Love (1995), 6 min, DVD, 14 anos + Grande Hotel (1995), 98 min, 35mm, 16 anos
16h – Jackie Brown (1997), 154 min, 35mm, 16 anos
19h – Django Livre (2012), 145 min, 35mm, 16 anos

20 de julho – sábado
14h30 – Um Drink no Inferno (1995), 108 min, 35mm, 18 anos
17h – Um Drink no Inferno 2 : Texas Sangrento (1999), 96 min, DVD, 18 anos
19h – Sin City – A Cidade do Pecado (2005), 124 min, 35mm, 16 anos
21 de julho – domingo
14h30 – Kill Bill: Vol.1 (2003), 110 min, 35mm, 18 anos
16h30 – Kill Bill: Vol.2 (2004), 136 min, 35mm, 16 anos
19h – Bastardos Inglórios (2009), 153 min, 35mm, 18 anos

22 de julho – segunda-feira
15h – Jackie Brown (1997), 154 min, 35mm, 16 anos
18h30 – Grindhouse – À Prova de Morte + Planeta Terror , 191 min, Bluray, 18 anos

24 de julho – quarta-feira
14h30 – O Albergue (2005), 100 min, DVD, 18 anos
16h30 – Sin City – A Cidade do Pecado (2005), 124 min, 35mm, 16 anos
19h – Bastardos Inglórios (2009), 153 min, 35mm, 18 anos

25 de julho – quinta-feira
16h – O Albergue 2 (2007), 93 min, DVD, 18 anos
18h – Cães de Aluguel (1992), 99 min, 35mm, 18 anos
20h – Kill Bill: Vol.1 (2003), 110 min, 35mm, 18 anos

26 de julho – sexta-feira
15h – Um Drink no Inferno (1995), 108 min, 35mm, 18 anos
17h – Dance me to the End of Love (1995), 6 min, DVD, 14 anos + Amor à Queima-Roupa (1993), 120 min, DVD, 16 anos
19h30 – Kill Bill: Vol.2 (2004), 136 min, 35mm, 16 anos

27 de julho – sábado
15h – Um Drink no Inferno 2 : Texas Sangrento (1999), 96 min, DVD, 18 anos
17h – Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994), 154 min, 35mm, 18 anos
20h – À Prova de Morte (2007), 114 min, 35mm, 16 anos

28 de julho – domingo
15h30 - Grande Hotel (1995), 98 min, 35mm, 16 anos
17h30 – Assassinos por Natureza (1994), 118 min, 35mm, 18 anos
20h – Planeta Terror (2007), 92 min, DVD, 18 anos

29 de julho – segunda-feira
14h - Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994), 154 min, 35mm, 18 anos
17h – Django Livre (2012), 145 min, 35mm, 16 anos
20h – Tarantino’s Mind (2006), 15 min, DVD, 14 anos + Cães de Aluguel (1992), 99 min, 35mm, 18 anos

segunda-feira, 17 de junho de 2013

"Diga-me o tamanho de seus seios, a brancura de seus dentes ou o comprimento de seu cabelo e lhe direi quem você é e quanto vale"

Pegamos carona no tema super atual do VI ENAPOL - VI Encontro Americano de Psicanálise de Orientação Lacaniana e XVIII Encontro Internacional do Campo Freudiano, e compartilhamos aqui também alguns textos publicados no site do evento (http://www.enapol.com/pt/template.php) que nos convoca a pensar a prática clínica na atualidade e principalmente a ralação dos sujeitos com seus corpos. 

O Encontro, que tem como tema Falar com o Corpo: A crise das normas e a agitação do Real, acontece em novembro em Buenos Aires e tem tudo a ver com temas que serão debatidos por alguns palestrantes no III Simpósio de Psicanálise de Niterói.

Cosmos cosmética
Jorge Castillo

"O homem intervém sobre seu corpo de forma similar àquela em que os artistas intervêm sobre os objetos cotidianos: o pintam, o cortam, o perfuram, o atravessam, o queimam, lhe acrescentam outros objetos.
Isto é assim em todas as civilizações, desde que o homem é homem, ou seja, desde que existe a linguagem. Não se trata de um fenômeno isolado, mas de um fato de estrutura. Há uma insuficiência da imagem do corpo em responder à pergunta: "Quem sou?". A cosmética pode, então, funcionar como uma espécie de ortopedia para nos reconhecermos no olhar do Outro. Uma ajudinha para a identificação. Para fazer o amor e a guerra. Como uma velhinha que dizia haver começado a pintar os lábios para que não a confundissem com um velhinho.
A cosmética pode também servir para se fazer passar pelo que não se é ou para escapulir sem ser visto. Para enganar o Outro, para causar seu desejo, sua ira ou seu temor. Trata-se de uma satisfação ligada à imagem do corpo que a cosmética pode ajudar a dialetizar, a entrar no jogo significante fazendo signo das marcas nesse corpo.
Na era da biopolítica, entretanto, assistimos a fenômenos nos quais é difícil encontrar os traços da significação. Os desenvolvimentos da cirurgia, a engenharia genética e a química farmacológica produzem novos tipos de intervenções sobre o corpo que é agora a mercadoria privilegiada. Diga-me o tamanho de seus seios, a brancura de seus dentes ou o comprimento de seu cabelo e lhe direi quem você é e quanto vale. Eu o direi...! Ao menos por um instante! Compram-se e vendem-se identificações descartáveis com corpos que se deformam à vontade. No falso discurso do capitalismo a gama sem fim de objetos postiços se oferece como a sutura mágica para a ferida mais profunda.

Fotografia: Helmut Newton 

Mais além dos ideais plásticos do mercado encontramos, também, um uso desaforado desses objetos. Deformações, em alguns casos, monstruosas, que parecem se incluir em um tratamento do gozo que não conta com o falso furo da castração pela qual o Nome-do-Pai dá consistência ao corpo. Afazeres do corpo sobre o corpo, círculo sem fim na qual uma cirurgia convoca outra.
Não existe a opção: divã ou bisturi, entretanto, no que diz respeito à psicanálise, as manipulações químico-cirúrgicas podem tomar o valor de acontecimento de corpo com a condição de que isso se enlace com a língua de cada um. O espaço analítico com seu artifício de palavra posta em transferência vale dizer, a palavra que pode recortar um objeto, restitui ao sujeito um corpo para gozar. É uma chance para fazer da vida uma experiência um pouco mais suportável com um uso inédito e singular da cosmética."




III Simpósio de Psicanálise de Niterói
28 de setembro de 2013, sábado
Auditório do Edifício Central Park
Rua Otávio Carneiro, 143 - Icaraí - Niterói - RJ

Inscrições:simposiodepsicanalisedeniteroi@gmail.com